Páginas

sexta-feira, 17 de junho de 2016






INTRODUÇÃO DO LIVRO / HISTÓRIA SOBRE O HAICAI NO BRASIL

O Haicai é uma forma poética que se originou no Japão no século XVI. Muito difundido naquele país, vem se espalhando por todo o mundo desde o início do século XX. Possui uma longa história que retoma a filosofia espiritualista e o simbolismo.

Sua composição obedece a regras bem definidas; entretanto, existem poemas baseados em apenas algumas das sua...
s características.

Mais do que inspiração, é preciso meditação, esforço e principalmente percepção para a composição de um verdadeiro Haicai.

O Haicai – “Haiku”, nome original Japonês, se caracteriza pela brevidade da sua forma.

O Haiku japonês é um pequeno poema de três versos, de cinco, sete, cinco sílabas, respectivamente, que resumem uma impressão, um conceito, um drama, um poema, às vezes deliciosamente, não raro profundamente.

A regra rígida de cinco, sete, cinco sílabas no Haiku Japonês, em sua forma ocidentalizada conhecida como Haicai, nem sempre é obedecida, o que de forma alguma muda o seu conteúdo, apenas a sua forma de apresentação.

Contudo, no que tange a utilização do título no Haicai, este deve ser evitado a qualquer custo, por ser uma prática estranha à sua tradição. Justifica-se esse posicionamento, vez que ao introduzir um título, o autor estará direcionando a leitura do poema.

Com o poeta Matsuo Bashô, um dos nomes mais importantes da Literatura Japonesa, o Haiku ganha a definição, a grandeza e a solenidade que o distinguem até hoje.

Apesar de possuir uma estrutura menor que a dos demais poemas, agrega profundidade e expressão existencial.

No Brasil, o Haiku chegou no início do século XX em sua forma ocidentalizada, sendo mais conhecido como Haicais, e não demorou muito passou a ter adeptos famosos como Afrânio Peixoto, Guilherme de Almeida, Haroldo de Campos, Millôr Fernandes, Paulo Leminski, Helena Kolody, entre outros.

Afrânio Peixoto foi um dos primeiros cultivadores do Haicai no Brasil. A ele se seguiram vários outros, mas foi apenas com Guilherme de Almeida que o Haicai se popularizou, dado o prestígio do poeta e a boa qualidade de alguns dos poemas.

Fora da comunidade japonesa, Leminski representa a melhor e a mais conhecida realização de Haicais no Brasil.

Pode-se dizer que seus Haicais não se parecem muito com o Haiku original Japonês, mas não há a menor dúvida de que na sua poesia se encontram presentes, em alto grau, algumas das qualidades mais notáveis do Haicai.

O Haicai, com sua linguagem objetiva, mostra sem dizer, sugere, compartilha, abre espaço para o leitor completar ou complementar o poema segundo sua própria experiência e sensibilidade poética.
É uma arte que nasce de fora para dentro, que aceita o fazer coletivo, o compartilhamento, que se aprende na relação com o outro.

A poesia ocidental, dita “clássica”, com rimas, título, versos formando estrofes, é mensagem direcionada, arte individual que se constrói de dentro para fora; os sentimentos, emoções, ideias e pensamentos do autor são o seu assunto em seus poemas.

Como poeta contemporâneo, acredito que, a principal diferença entre o Haicai e a poesia dita clássica é o “vazio”, o não dito. É uma das características mais marcantes do Haicai, em oposição ao caráter extremamente “cheio” e “dito” dos poemas convencionais.

E a semelhança é que ambos, em linguagem poética, são transmissores de emoção, sensação, sentimentos.

Contudo, na migração do Haicai para outros países, algumas das regras anteriores são seguidas com maior ou menor fidelidade, enquanto outras podem ser até mesmo ignoradas, dependendo de cada poeta.

E, da minha parte, ao escrever um Haicai, seja com 5, 7, 5 sílabas, seja com mais ou menos que isto, apenas deixo a inspiração e a sensibilidade do momento me guiarem, ou seja, coisas de um poeta, cuja maior característica pessoal, é ser movido pelo que dita o coração. Ele manda, eu escrevo, compartilho com você leitor e sua participação na complementação mental de cada poema, é essencial.

Juntos, nas asas da poesia, nos completamos e sem duvida nenhuma, podemos tirar os pés do chão, com muito sentimento e emoção seja em meus poemas contemporâneos ou em forma de Haicai.

Este foi o meu primeiro livro publicado com poemas em Haicai escritos ao longo dos anos por puro prazer e, os versos nele contidos, sem obedecer na íntegra as regras do Haiku Japonês, tem a mais deslavada intenção de tocar o seu coração, atiçar a sua imaginação, além de literalmente aguçar a sua sensibilidade, suas emoções e, sendo assim, conto com você leitor para participar comigo, desta minha primeira “viagem” publicada nas versões impressa e digital pelo mundo dos Haicais!

Exemplo de Haicai adaptado ao nosso país:

um leitão a pururuca
vai a leilão na quermesse
gato de olho no lance

Bem vindo a bordo!




 José Araújo
Escritor e Poeta

segunda-feira, 18 de abril de 2016






Depois deste livro, a Cidade de ‪#‎ORLANDIA‬ no interior do Estado de São Paulo, para muitos leitores tornou-se um sonho de consumo para quem quer encontrar e viver um grande amor.

Prêmio Literarte de Melhor Romance do Ano de 2011, em Goiânia, Goiás, agora em Segunda Edição, transformada na Série “Haras” a pedido dos leitores que o elegeram um romance inesquecível! 

Desde criança, Helena sempre foi apaixonada por Rodrigo, um homem quinze anos mais velho que a viu nascer e a tratava como uma irmã, mas apesar de ama-la também, resistia em aceitar seus verdadeiros sentimentos. 

Helena escondeu de todos o seu amor por ele, até que soube que Rodrigo iria se casar. 

Ela jurou a si mesma que ele um dia seria dela e, era chegada a hora de lutar por ele com todas as armas que estivessem ao seu alcance, todas mesmo, mas, iria ela ser páreo até para uma Top Model francesa?

Quem leu a Primeira Edição se apaixonou por este romance e pediu mais.

Em sua segunda edição está na ‪#‎BIENALDOLIVRODEMINAS‬ para deleite dos amantes de um bom romance adulto que cumpre o que promete, aquecer relações!

Se você não leu, chegou a chance de também se apaixonar por ele e pelos próximos volumes da Série Haras!

A venda na Bienal do Livro de Minas no Stand D16 da PerSe - Publique-se ou no site na Loja Virtual.

sábado, 12 de dezembro de 2015



POSSE COMO MEMBRO CORRESPONDENTE

AGL – ACADEMIA GUARULHENSE DE LETRAS – CIDADE DE GUARULHOS

Dia 11 de Dezembro de 2015 foi uma data que definitivamente ficará para sempre em minha memória e que carregarei para sempre no coração.


Por indicação de Jane Rossi, após analise profunda de detalhada de meu currículo literário e minhas obras, tive a honra e alegria de tomar posse na AGL - Academia Guarulhense de Letras na qualidade de Membro Correspondente.

Dentre tantas outras Academias de Letras das quais sou membro, seja como efetivo imortal ou como correspondente, entrar para a AGL tem um significado muito profundo para mim devido ao fato de que, apesar de não ter nascido naquela Cidade por uma das tramas do destino, fui levado da maternidade para Guarulhos com três dias de vida.

Durante 29 anos de minha vida, residi em Guarulhos, lá eu cresci, estudei, formei-me, constitui família após casar-me na Igreja Matriz e foi lá, que nasceu David Willian, meu primeiro filho que hoje reside no interior do Estado de São Paulo.

Muito cedo, através de minha professora de português no 3º ano do antigo Primário no Grupo Escolar Professor Paulo Nogueira, fui apresentado ao mundo mágico e sublime da poesia pela qual apaixonei-me e nunca mais deixei de escrever poemas e dos poemas aos romances foi para mim inevitável devido à minha necessidade de criar tramas, personagens, descrever cenários, sentimentos, emoções.

Talvez, se não fosse por ela, eu hoje não fosse poeta ou escritor e principalmente, se eu não tivesse estudado especificamente naquela escola em Guarulhos onde minha professora lecionava, eu tão tivesse descoberto que através da literatura, qualquer um de nós é capaz de literalmente ganhar asas e tirar os pés do chão.

Filho de família humilde que veio de Minas Gerais para Guarulhos em 1.949 para montar uma Olaria às margens do Rio Tietê, não tive muito tempo para brincar quando criança, ia para a escola que ficava bem longe de onde morávamos e quando voltava para casa, precisava ajudar meus pais a amassar barro para fazer tijolos e deles, conseguir garantir a nossa alimentação e o mínimo necessário para viver.

Lembro-me como se fosse hoje, aos 7 anos de idade, quando fui matriculado naquela escola, alguém atravessava o Rio Tietê comigo de canoa, depois eu seguia caminhando pelas margens da Rodovia Presidente Dutra até o viaduto de acesso ao centro de Guarulhos e de lá, para o Grupo Escolar Professor Paulo Nogueira.

De vez em quando, quando sobrava algum dinheiro, eu pegava a Maria Fumaça na Estação Sorocabana e ia de Trem até o ponto final da linha, que ficava quase ao lado da minha escola, mas esta alegria, que foram poucas, também jamais irei esquecer, assim como as idas a São Paulo pela ferrovia, eu adorava ver os macacos pulando de galho em galho nas matas às margens da linha do trem.

Hoje, no lugar da estrada de ferro, em nome do progresso, esta o Anel Viário que foi construído após a desativação da Estrada de Ferro Sorocabana.

Enfim, Guarulhos, mais do que São Paulo, Capital, tem mais significado e importância em minha formação como ser humano íntegro, sensível, determinado e que jamais, mesmo nas piores circunstâncias, se deixa abalar ou pensa em desistir de lutar por um ideal.

Foram 29 anos de historia de vida em Guarulhos de onde saí por questões profissionais precisando residir próximo ao Shopping Center Norte, onde fui trabalhar no antigo Eldorado Plaza e como sempre, o tempo voa como um bando de pássaros que se juntam, voam para longe e não voltam mais, porém, as memórias de minhas raízes naquela cidade, isto, nem mesmo o tempo pode apagar.

A foto acima, fornecida gentilmente pela minha querida amiga Jane Rossi, é o momento em que subi ao plenário, aos 60 anos de idade, para dizer algumas palavras ao Presidente da AGL – Academia Guarulhense de Letras e a todos os Confrades e Confreiras membros da Diretoria, aos Confrades presentes com seus familiares e convidados.

Momento único, inesquecível, porque as palavras lá proferidas por mim, foram as palavras ditadas por meu coração, a quem obedeço e sempre obedecerei e sei que jamais me arrependerei de agir assim, porque tenho plena convicção, de que todos nós, devemos ouvir e seguir a voz do coração.

Sem mais, só posso agradecer a Deus pelas alegrias e momentos vividos na solenidade onde ao tornar-me Membro Correspondente da AGL - Academia Guarulhense de Letras, de certa forma, retornei às minhas verdadeiras origens.