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domingo, 16 de março de 2008

CAMINHOS DO CORAÇÃO...


Maíra tinha acabado de chegar em casa do trabalho, estava cansada após um dia exaustivo, onde o stress se apoderou dela naquele dia como se quisesse destruí-la, aniquila-la sem dó nem compaixão.

A torneira da pia da cozinha jorra água em suas mãos e no prato que ela esta lavando e enquanto isto, Maíra murmura algumas palavras, palavras que só a água da torneira pode compreender e ao lado da pia, em cima do fogão, uma chaleira cheia ferve borbulhando e algumas gotas escapam pelo bico dela e caem diretamente nas chamas vorazes, transformando-se imediantamente em vapor e desaparecendo no ar, mas antes de desaparecerem, parecem querer dizer alguma coisa a Maíra, mas tudo que se houve é um longo hissssssssss...

Naquele momento Maíra queria ser uma daquelas gotas que caíram do bico da chaleira, ela queria desaparecer no ar porque não mais suportava a vida que estava levando há quatro anos, era demais para que ela pudesse agüentar e tudo que ela queria era paz, era fechar os olhos e votar no tempo quando era feliz com seu marido, sonhar com aqueles momentos lindos vividos com seu amor e nunca mais acordar.

Ela se casou com Eduardo por amor e ele existia em ambos quando resolveram que queriam viver uma vida a dois, compartilhando tudo, todos os momentos de suas vidas, fossem eles bons ou ruins.

No inicio de sua vida de casada, seu lar era o seu paraíso, os dois trabalhavam e à noite chegavam praticamente juntos em casa e dividiam todas as tarefas do lar com alegria, com paixão, eles tinham muitos sonhos para futuro do casal e a melhor maneira de alcança-los seria lutar sempre juntos e um dia poder dizer que conseguiram realiza-los por esforço dos dois e todos os dias eles faziam amor, um amor gostoso que tomava conta do corpo e da alma deles e que os unia mais e mais com o passar do tempo.

Maíra era Analista de Sistemas e Eduardo um Arquiteto conceituado em São Paulo onde os dois nasceram, se criaram e se tornaram adultos, aprendendo com suas famílias o valor da honestidade, da sinceridade, do respeito pelo nosso semelhante e como não poderia ser diferente, eram amados por todos os parentes, amigos e colegas de trabalho.

Já haviam conseguido um grande progresso, pois quando se casaram eles foram morar num apartamento alugado e em dois anos de luta, conseguiram comprar e mobiliar uma casa que era só deles e era exatamente como sonharam ser, detalhe por detalhe.

Foi então que o destino pregou ao casal uma daquelas peças que ninguém espera e suas vidas deram uma guinada de 180 graus e tudo de repente estava de ponta cabeça, fora de seu devido lugar.

Eduardo sofreu um acidente durante o trabalho em uma das obras pelas quais era responsável, caiu não se sabe como do terceiro andar do edifício e só não morreu porque o tombo foi amenizado por um toldo da varanda do primeiro andar, mas a queda causou grandes estragos em seu corpo e após acordar no hospital apara onde foi levado, não sentiu mais nada da metade de seu corpo para baixo e após longo período de tratamento e exames exaustivos os médicos chegaram à conclusão de que ele ficaria definitivamente inválido, da cintura até a ponta de seus pés.

O choque foi grande, Maíra e Eduardo entraram em desespero, foi difícil agüentar a barra, mas o amor que os unia, só fez aumentar e dia após dia, a vida foi ensinando aos dois qual o caminho a seguir e assim foi.

Contudo, Maíra tinha 32 anos de idade, uma jovem e sedutora mulher que arrancava suspiros dos colegas de trabalho e dos homens em qualquer lugar e sua beleza era tanta que muitos se declaravam a ela mesmo sabendo que era uma mulher casada.

O tempo foi passando, com o marido impotente não faziam mais amor, não havia mais aquela entrega mutua de corpo e alma e Eduardo ao contrário de Maíra parecia não sofrer tanto com isto e quando alguém fazia uma brincadeira de mau gosto a respeito do assunto ele ria e repicava com outra piada.

Maíra era diferente de Eduardo neste ponto, sua jovialidade fazia com que seu corpo gritasse por amor, por calor, pelas caricias das mãos de um homem gentil, educado e carinhoso como Eduardo sempre foi.

O tempo se encarregou de deixa-la transtornada pela falta se sexo, pela falta de receber e dar prazer e amor, não só físico, mas tambem psicológico e seu relógio biológico gritava alto e em bom tom, bem lá, dentro de sua cabeça que ela precisava ser amada, que precisava fazer amor.

Aos poucos ela foi se transformando, já não sorria mais, só vivia calada, chorava pelos cantos às escondidas para que Eduardo não percebesse nada, mas foi tudo em vão e ao contrario do que ela pensava, seu marido estava muito consciente do que estava acontecendo com ela e ele sofria, tanto ou mais do que ela, porque ele sabia que nunca mais iria ser capaz de se deitar com sua esposa e fazer amor, como acontece naturalmente com aqueles que se amam, coisas de homem e mulher.

A coisa foi tão longe que ela perdia a paciência por qualquer motivo, fosse em casa, no trabalho ou na rua, já havia arrumado um ouvinte invisivel ao qual confidenciava numa lingua estranha todos os seus sentimentos e sua vida estava dia a dia, se tornando tão amarga quanto o fel e todos aqueles que a conheciam, percebiam claramente que aquela linda flor que Maíra um dia foi, aos poucos ia murchando, como uma rosa que morre quando colocada fora de um vaso, sem receber a água, seu alimento da vida, fazendo com que dela só sobre o caule e os espinhos.

Eduardo que sofria calado, um homem que um dia foi perfeito e viril, um homem que amava sua mulher mais do que qualquer coisa na vida, percebia mais do que ninguém o mal que afetava sua mulher, um mal que a fazia arder em chamas na cama à noite, a ponto de encharcar sua camisola e os lençóis da cama, era como se um fogo feroz e traiçoeiro a fizesse queimar em vida e era assim mesmo que Maíra se sentia, queimada viva, dia após dia, noite após noite.

Ela nunca teve coragem de falar nada para Marido, porque achava que aquilo iria feri-lo demais e ele já sofria tanto com as circunstancias em que se encontrava.

Eduardo que já não suportava ver seu amor sofrendo daquele jeito, pensava e pedia a Deus para lhe mostrar o caminho para poder ajuda-la, impedindo que aquela flor murchasse por inteiro, era preciso devolver a ela a alegria de viver, o direito de ser e se sentir mulher, de ser amada como tal.

Certo dia ele se lembrou que Mauro, seu melhor amigo, havia disputado com ele o amor de Maíra e que ele teve sorte de ganhar o amor dela e sair vitorioso na competição, mas isto não foi motivo para que uma amizade antiga morresse e Mauro mesmo ferido, vendo seu amor rejeitado, não deixou de lado sua amizade com Eduardo e a vida seguiu seu rumo e até aquele momento, Eduardo sabia que Mauro nunca quis se casar com outra pessoa e sabia que seu amor por Maíra não havia morrido e foi então que ele teve uma idéia que fez com que seu coração batesse mas rápido de tanta emoção.

Eduardo ligou para Mauro, pediu que ele viesse almoçar com ele e abriu seu coração para o amigo, pedindo que ele salvasse sua mulher do fogo eterno que a consumia e disse com todas as letras, que se algum outro homem tivesse que tocar o corpo de sua mulher, que este homem fosse escolhido por ele, que fosse seu melhor amigo e que este homem sentisse por ela um amor verdadeiro.

Mauro ficou estarrecido com a proposta, sua índole não permitia que aceitasse tal idéia, quis recusar definitivamente, mas Eduardo lhe implorou, disse a ele que o amor que sentia pela esposa era maior de que qualquer outro sentimento humano, que seu amor tinha mais força do que os sentimentos negativos de sua masculinidade e sentimentos feridos, que não iria morrer por causa disto, sofrer sim e muito, mas por uma boa causa, para salvar o amor de sua vida da loucura total.

O amigo não teve outra opção se não aceitar o que ele lhe implorava em prantos e no dia seguinte, convidou Maíra para jantar e ela como sempre acontecia quando precisava chegar mais tarde em casa, ligou para Eduardo e lhe contou sobre o convite e ele, mais do que depressa a incentivou, dizendo que ela não saia mais há anos, que precisava se divertir um pouco e assim mesmo relutante, ela aceitou.

Durante o jantar Maíra que tinha por Mauro uma profunda amizade e confiança, em dado momento confidenciou muito do que sentia a ele que gentilmente se prontificou a lhe dar os ombros para chorar, disse que ouviria tudo que ela quisesse dizer, mas que o restaurante não era lugar para isto e lhe propôs irem ao apartamento dele e assim o fizeram, logo que acabaram de jantar.

De papo em papo, com um bom vinho e horas de confidencias, Maíra já estava mais descarregada, mas solta, pois havia muito tempo que precisava desabafar mas não tinha com quem.

Em determinado momento Mauro se aproximou dela e a beijou de leve nos lábios, com muito carinho e naquele momento, a brasa que estava ainda queimando dentro dela logo se transformou em chamas e como ele a amava, foi uma entrega mutua, sem medos, sem receios, sem remorsos, foi um momento mágico, que fez com que tudo mais à volta deles não mais tivesse importância e entre beijos, caricias e gemidos de prazer, se fez o amor, um amor tão profundo e sereno que pareciam ter transcendido as barreiras do tempo e do espaço e assim, pela madrugada eles dormiram afinal, abraçados, como dois seres que tiveram saciada uma sede imensa, após terem feito uma longa travessia de deserto longo e traiçoeiro.

Maíra acordou primeiro que Mauro, ficou apavorada quando percebeu o que havia ocorrido entre eles, não queria acreditar no que tinha sido capaz de fazer, na traição que havia cometido contra seu marido, o homem que a amava de todo coração e então ela começou a soluçar desesperadamente como se um peso imenso tivesse sido colocado sobre sua consciência esmagando-a por completo.

Mauro vendo-a desesperada, não viu outra saída se não contar a ela o que seu marido havia lhe implorado que fizesse e quando ele terminou, ela não sabia o que pensar, ficou pasma, estática, foi como se naquele exato momento, masi uma vez, o tempo e o espaço não tivessem nenhuma relação entre si e foi então que lá do fundo de seu coração, veio a resposta para a pergunta que ela se fez quando quando soube sobre o pedido desesperado de seu marido.

A primeira coisa que ela se perguntou foi o porque daquilo tudo, qual teria sido o motivo pelo qual seu marido tomou a atitude que tomou e o que seu coração lhe deu como resposta, foi o mesmo que muitos de nós recebemos algumas vezes na vida, quando alguém que nos ama faz coisas extraordinárias que ninguém mais o faria...

Eduardo deu ao amigo a única coisa que ele realmente venerava em sua vida, deu a ele sua mulher, deu a ele aquele corpo que havia sido só seu, doeu muito, seu coração sangrou, mas por um bom motivo, ele salvou sua flor de murchar até morrer, lhe devolveu a vida e mais uma vez, por ironia do destino, ele partiu deste mundo, partiu ao encontro da luz divina, foi encontrar a verdadeira paz lá no céu, nos braços do pai...

O coração encontra caminhos estranhos a muitos de nós, só ele é capaz de encontrar o caminho certo para nos provar a existencia do amor verdadeiro dentro dele, podem haver momentos e circunstancias diferentes onde ele precisa nos fazer acreditar em sua palavra, podem até variar de acordo com diferentes pontos de vista de cada um de nós, mas os caminhos que ele nos indica durante nossa jornada por este plano astral, só ele conhece, mais ninguem...

Texto: Jose Araujo

17 comentários:

Anônimo disse...

olá papai a sua historia que fala sobre um amor que não pode ser correspondido eu sinceramente achei muito interessante bjos ...

Anônimo disse...

Apesar de não duvidar das boas intenções de Eduardo,repudio o seu comportamento,agiu como se fosse dono de um objeto e por não poder usa-lo simplismente repassou ao amigo; Faltou sinceridade entre o casal, faltou coragem de aceitar mudanças que muitas vezes acontecem no casamento mesmo sem acidentes tão graves,existiu ai,"na minha opinião," uma traição ao amor...

Adorei, bjos!

Anônimo disse...

O Eduardo tem um comportamento quase que louco..tbém acho que faltou sinceridade entre o proprio casal..coragem em aceitar determinadas mudanças que há ou que acontecem no casamento.
Gostei!
bjufas ternas

Anônimo disse...

Gostei do texto,bem elaborado abordando aspectos que podem ocorrer no cotidiano.

Discordo da atitude comportamental do marido,bem como da postura do amigo.
Faltou por parte do casal, coragem para assumir a situação e diálogo franco.Sempre há uma saída para um momento conflitante quando há abertura e confiabilidade.Não houve
cumplicidade e renúncia, por amor.
Neste caso a separação seria a solução ideal.
Evitaria a traição ...
Beijos ...
Mas como falei o texto foi rico e

mdb disse...

É muito triste uma estória de amor acabar como acabou essa.O amor de Maíra e Eduardo era tão maravilhoso, cheios de sonhos e planos mas, onde estava o diálogo na hora que mais precisou? No estado em que ele se encontrava e que sua consciência estava normal, ele teria que pedir uma separação ao ver o sofrimento da esposa que, encontrava-se definhando e não escolher um homem para ela.Pois no estado que ela se encontrava, seria logo o primeiro homem qe chegasse nela com carinho. Ela se entregaria, por que naquela situação, quem sofria mais era ela. Eduardo sabia que seu estado era definitivo e tinha a felicidade de não desejá-la sexualmente pois não sentia mais nada.
A vida continuava normal para ela com direito de constituir nova família e até ter filhos.
Não achei certo ele ter escolhido um parceiro para ela pois, ali só havia desejo e não amor por parte dela.
Maíra só estava satisfazendo seus desejos sexuais e o amor não conta? O marido, ela já não amava mais pois no estado que estava a beira de um stres, era claro que só havia compaixão.Só a morte foi a solução como será que ficava seu coração em relação ao marido após os encotros com o melhor amigo dele...
É jose isso aí acontece na vida real, mas se fosse o contrário ele teria abandonado ela logologo.
Gostei muito meu escritor preferido. Beijos Marilene Dias.

Unknown disse...

Sua estória é realmente muito polêmica. Achei a atitude de Eduardo errada, aliás todos agiram errôneamente. O casal deveria, dentro do amor que pareciam sentir um pelo outro, arranjar alternativas, soluções que pudessem adaptar à essa nova situação que surgiu com o acidente. Eduardo agiu como o dono da verdade, Mauro aproveitou para realizar um desejo há tanto tempo guardado, e Maira foi fraca e desleal, cada um dos 3 só pensou em si, sem se preocupar com o outro. Cada um com o seu "porquê" mas no fundo agiram covardemente. A intimidade entre 2 pessoas, seja em que circunstância for, não é um filme que vc assiste, gosta e passa pra um amigo pq o seu DVD está com defeito.
Quanto a vc meu escitor, que imaginação é essa de nos faz refletir tanto sobre comportamentos, sobre a vida, desejos e escolhas.
Lindo texto, beijos

Unknown disse...

...eu acho que onde há amor de verdade deve haver cumplicidade e acima de tudo sinceridade, as vezes o orgulho a falta de capacidade de aceitar certas situaçãoes fazem com que agimos apenas pelas nossas vontades egoistas...é onde falta o verdadeiro amor e a humildade, não fui a favor de Eduardo não e nem tão pouco culpei Mayra, mais acho que o Amor acima de tudo....

Albertina A. disse...

Olá meu amigo Araújo!!!Como vai sua vida?Bem,seu texto é muito rico...e de uma imaginação sem comentários...Minha opinião é q onde existe amor existe solução para tds os problemas..seja ele qual for...O Amor é um sentimento de tamanha qualidade q nos une cada vez mais...mas se existir amor de verdade...passa-se por cima de tudo.....bjos e muito sucesso a vc....

Diana Fonteneles disse...

Que tema polêmico, hem?
Mas gostei muito. O único erro de Eduardo foi, em um momento de desespero, oferecer a mulher amada como se ela fosse um objeto. Com certeza no lugar dela eu iria me sentir a pior criatura desse mundo.
Parabéns mais uma vez, meu amigo, pelo belo texto. Um grande abraço e um beijo no seu coração.
Deus te ilumine, sempre!

Anônimo disse...

É impressionante seu poder de criatividade meu amigo querido!O trinagulo Maíra/Eduardo/Mauro é absolutamente fascinante! Em minha mente nunca pude conceber que um marido pudesse abrir mão de sua esposa por amor, achava que mesmo na doença, tinham que ser um do outro custe o que custasse, mas vejo que me enganei, que podem existir homens como Eduardo que por amar tanto sua esposa, quis salva-la do fogo em que queimava viva e a entregou para o melhor amigo, mas o fez justamente porque sabendo que se ela não tivesse se casado com ele, teria certamente casado com o amigo que ainda a amava após tantos anos e tambem porque sabia quem em um momento na vida, ela tambem se sentiu atraida por Mauro. Que atitude a do Eduardo! Ele abriu mão do orgulho ferido, das convenções sociais, ele deu a Maíra o combustivel que ela precisava para reviver como mulher! Maíra foi uma mulher de sorte na vida, seu marido lhe Deu a vida, percebeu que a mulher dentro dela estava se esvaindo e por amor a salvou! Parabens pelo texto meu escritor favorito! Ninguem como voce fala de sentimentos, até parece que compreende e já viveu todos eles! Lindo, lindo meu amigo! Beijos da sua amiga e fã que te adora demais!

Anônimo disse...

Uma emocionante situação que pode envolver a qualquer um de nós meu amigo! Eu no lugar de Eduardo, talvez fosse egoista demais para tomar uma atitude como a que ele tomou, mesmo sabendo que minha esposa iria definhar dia a dia. O que achei mais incrivel foi o espirito de doação de Eduardo, a coragem que ele teve para pedir ao amigo o que pediu e não me espantei nem um pouco com o desespero de Maíra quando percebeu o que havia feito, pois ela o amava de corpo e alma. Quanto a Mauro, seu amor pelo amigo e por Maíra foi mais forte do que sua indole impecável e como em seu texto voce diz que Eduardo morre pouco tempo depois, nada melhor do que nós leitores imaginarmos que Eduardo deixou Maíra em boas mãos, nas mãos de um homem que sempre a amou, mas sempre a respeitou pela escolha que havia feito quando se casou com Eduardo e melhor ainda é imaginarmos que a estoria dos dois tenha terminado com um final feliz, já que Maíra era jovem, sadia e como não poderia deixar de ser, precisava amar e ser amada de novo, além do que, entende-se que se Eduardo não tivesse existido, certamente Maíra teria se casado com Mauro. Talvez quem sabe, o que aconteceu com os treis, foi que Deus de alguma forma quis coloca-los à prova e de uma forma muito impar, todos superaram as pedras que encontraram pelo caminho. Você realmente sabe como instigar nossa imaginação Jose! Adorei seu texto e vomo sempre vou estar à espera de uma nova publicação sua, pois é um prazer ler o que escreve. Te adoro cara! Beijão!

Anônimo disse...

Grande Jose! Mais um texto com muito conteudo meu amigo! Que coisa é sta que voce tem que consegue cativar nossa atenção através de suas palavras em forma de contos e crônicas? Cara, o ser humano é frágil, não só fisicamente, mas mentalmente e muitas vezes espiritualmente. O sexo muitas vezes é a mola mestra que move um relacionamento a dois e quando ele falta tudo começa a desabar em volta das pessoas. Pode até parecer que sou uma pessoa fria de sentimentos, mão não sou meu amigo, vejo a situação de Maíra com os olhos da razão e compreendo muito bem a dor e angustia que se alojou em seu coração quase a levando à loucura, assim como tambem imagino o que representava para Eduardo estar nas condições que ficou, inválido, impotente, acredito que ele se sentia seco como uma arvore que perde todas as folhas no inverno. Quanto ao Mauro, este foi outro que deve ter sofrido um bocado, amando Maíra a vida inteira, sem a menor esperança de realizar seus sonhos de um dia poder ama-la, faze-la sentir seu calor, seu carinho. Na minha opinião tem alguem lá em cima que sabe o que faz, que mostrou atraves deste triangulo de paixões que a vida é muito mais que aquilo que cogitamos, ela acontece muitas vezes desta forma, nua e crua, mas nada nela é em vão. Maíra não tece filhos com Eduardo e não seria justo que uma mulher tão especial como ela murchasse até morrer, se poderia ao lado de Mauro ter seu sonho de ser mãe realizado. Uma trama inteligente, emocionante, cativante, um texto criado por uma mente brilhante, que sei irá ainda gerar muitas polêmicas, mas ser escritor é assim, é lançar o desafio ao poder de rasciocionio do leitor. Parabéns Jose! Sabe que sou seu fã! Abraços cara! Té mais!

Anônimo disse...

Sei bem o que Maíra sentia, pois hoje minha vida é igual à dela e como eu queria ser como as gotas d`agua que caiam do bico da chaleira do fogão ao lado da pia...
Só quem passa por isto pode compreender o quanto voce com seu talento pode recriar em seus textos a vida real.
Maíra renasceu e eu espero por um milagre, mas enquanto ele não acontece, vou queimando aos poucos, sem rumo, apenas esperando e nada mais...

Anônimo disse...

José, esse conto não fala do verdadeiro amor, de um amor unilateral, talvez, este lindo sentimento está acima de qualquer outro e o amor carnal com certeza não faz parte de uma união tão bonita descrita no começo do enredo. Desejo, paixão, loucuras, fantasias são luxúrias q nos fazem bem, claro e quando vem acompanhando o amor então...mas sozinhos, perdem a razão de ser e ela (a protagonista) p/ mim colocou sua fome carnal na frente de tudo o q de bom eles tinham conquistado no decorrer do relacionamento, q era o respeito, uma união tão preciosa e rara de se encontrar. Pra mim ela não o amava plenamente, de corpo sim de alma não.

Rose Cruz.

Anônimo disse...

É dificil a gente analizar outro ser humano, quando não passamos pelos mesmos traumas e sofrimentos.
A mente humana é algo surpreendente e cada um de nós, por mais que nosso coração nos diga que não, quando tomamos certas atitudes, cometemos erros que não podem ser julgados à primeira vista. Maíra além de mulher era um ser humano passivel de cometer erros, assim como Eduardo e Marcos tambem. Quem somos Nós para julga-los? Para dizer que não se tinham amor em seus corações? Ora, o amor tem muitas faces, ele se expressa de formas que a própria razão desconhece! Nem tanto à Terra, nem tanto ao Mar... Cada um dos tres cometeu erros sim, mas cada um deles encontrou a paz, de uma forma ou de outra e afinal, eles viveram emoções que muitos de nós jamais vivemos e mais, uma grande parte da humanidade, nasce e morre sem conhecer o prazer de ser dar não só de coração, mas de corpo e alma. O sexo acompanhado do amor é o alimento da alma, pois uma alma que habita um corpo que nunca foi amado, se sente sem brilho e sem esperanças de evolução uma vez que se fomos criados para esta troca de energias, quando a sentimos em escasses é de se apavorar. Vi que voce escreve sobre sentimentos humanos, que fala deles com grande propriedade e só espero que não mude sua maneira de escrever e lançar nor ar através de seus textos, motivos para a gente repensar muitos conceitos. Gostei muito do conto, gostei de ler os comentários e por eles podemos ver que não somos todos iguais e como voce disse em seu perfil do Orkut, o que nos difere é a alma e o coração. Gostei de comentar mais aqui do que quando eu comentava no Uol, pois pude escrever tudo que penso e senti lento teu texto pra lá de bom! Abração!

Anônimo disse...

"Cada um sabe de si e da dor de sua paixão".
Interessante a frase não é mesmo José?
Pois então caro amigo e escritor!
Cada personagem que voce cria em seus textos tem sua própria personalidade, eles criam vida em nossa imaginação e mesmo sem admitir, inconscientemente os tornamos humanos, mais ainda meu amigo, nós projetamos neles aquilo que gostariamos que eles fossem, criamos papéis definidos no palco das páginas que voce escreve. Quer um exemplo? Eu imagino a sua Maíra de cabelos ruivos,estatura mediana, corpo delineado e olhos esverdeados, com um jeito sensual de falar e de andar, mas como será a sua Maíra na imaginação dos outros leitores já que voce não a descreve fisicamente? É ai que quero chegar Jose Araujo! Lendo a estoria destes treis personagens, cada um de nós enxerga as suas atitudes de maneira diferente e daí a polêmica nas opiniões pelo que li nos comentários! Temos que respeitar a todos e disto eu não abro mão, mas posso dizer uma coisa meu caro amigo, você é mestre em fazer com que nossa imaginação e nossas mentes voem para bem longe, quando lemos suas estorias.
Obrigado por mais estes bons momentos meu amigo!
Abração!

Família disse...

Josè,eu leio e tenho que opinar logo depois ,tem que ser no impacto da emoção, achei lindo, mas faltou confiança e abertura entre o casal, na minha opinião tinha outras alternativas, pois quando existe realmente este amor incondicional tem que existir confiança e abertura para se falar tudo, mas não deixa de maneira nenhuma de ser um conto de amor e muito bonito e que mexe com os nossos sentimentos. Mas de maneira nenhuma não tira o seu grande mérito e realmente deve ter gente que pensa exatamente da maneira que vc colocou. Não desanime continue a escrever pois talento vc tem e muito. um grande abraço