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sábado, 12 de dezembro de 2015



POSSE COMO MEMBRO CORRESPONDENTE

AGL – ACADEMIA GUARULHENSE DE LETRAS – CIDADE DE GUARULHOS

Dia 11 de Dezembro de 2015 foi uma data que definitivamente ficará para sempre em minha memória e que carregarei para sempre no coração.


Por indicação de Jane Rossi, após analise profunda de detalhada de meu currículo literário e minhas obras, tive a honra e alegria de tomar posse na AGL - Academia Guarulhense de Letras na qualidade de Membro Correspondente.

Dentre tantas outras Academias de Letras das quais sou membro, seja como efetivo imortal ou como correspondente, entrar para a AGL tem um significado muito profundo para mim devido ao fato de que, apesar de não ter nascido naquela Cidade por uma das tramas do destino, fui levado da maternidade para Guarulhos com três dias de vida.

Durante 29 anos de minha vida, residi em Guarulhos, lá eu cresci, estudei, formei-me, constitui família após casar-me na Igreja Matriz e foi lá, que nasceu David Willian, meu primeiro filho que hoje reside no interior do Estado de São Paulo.

Muito cedo, através de minha professora de português no 3º ano do antigo Primário no Grupo Escolar Professor Paulo Nogueira, fui apresentado ao mundo mágico e sublime da poesia pela qual apaixonei-me e nunca mais deixei de escrever poemas e dos poemas aos romances foi para mim inevitável devido à minha necessidade de criar tramas, personagens, descrever cenários, sentimentos, emoções.

Talvez, se não fosse por ela, eu hoje não fosse poeta ou escritor e principalmente, se eu não tivesse estudado especificamente naquela escola em Guarulhos onde minha professora lecionava, eu tão tivesse descoberto que através da literatura, qualquer um de nós é capaz de literalmente ganhar asas e tirar os pés do chão.

Filho de família humilde que veio de Minas Gerais para Guarulhos em 1.949 para montar uma Olaria às margens do Rio Tietê, não tive muito tempo para brincar quando criança, ia para a escola que ficava bem longe de onde morávamos e quando voltava para casa, precisava ajudar meus pais a amassar barro para fazer tijolos e deles, conseguir garantir a nossa alimentação e o mínimo necessário para viver.

Lembro-me como se fosse hoje, aos 7 anos de idade, quando fui matriculado naquela escola, alguém atravessava o Rio Tietê comigo de canoa, depois eu seguia caminhando pelas margens da Rodovia Presidente Dutra até o viaduto de acesso ao centro de Guarulhos e de lá, para o Grupo Escolar Professor Paulo Nogueira.

De vez em quando, quando sobrava algum dinheiro, eu pegava a Maria Fumaça na Estação Sorocabana e ia de Trem até o ponto final da linha, que ficava quase ao lado da minha escola, mas esta alegria, que foram poucas, também jamais irei esquecer, assim como as idas a São Paulo pela ferrovia, eu adorava ver os macacos pulando de galho em galho nas matas às margens da linha do trem.

Hoje, no lugar da estrada de ferro, em nome do progresso, esta o Anel Viário que foi construído após a desativação da Estrada de Ferro Sorocabana.

Enfim, Guarulhos, mais do que São Paulo, Capital, tem mais significado e importância em minha formação como ser humano íntegro, sensível, determinado e que jamais, mesmo nas piores circunstâncias, se deixa abalar ou pensa em desistir de lutar por um ideal.

Foram 29 anos de historia de vida em Guarulhos de onde saí por questões profissionais precisando residir próximo ao Shopping Center Norte, onde fui trabalhar no antigo Eldorado Plaza e como sempre, o tempo voa como um bando de pássaros que se juntam, voam para longe e não voltam mais, porém, as memórias de minhas raízes naquela cidade, isto, nem mesmo o tempo pode apagar.

A foto acima, fornecida gentilmente pela minha querida amiga Jane Rossi, é o momento em que subi ao plenário, aos 60 anos de idade, para dizer algumas palavras ao Presidente da AGL – Academia Guarulhense de Letras e a todos os Confrades e Confreiras membros da Diretoria, aos Confrades presentes com seus familiares e convidados.

Momento único, inesquecível, porque as palavras lá proferidas por mim, foram as palavras ditadas por meu coração, a quem obedeço e sempre obedecerei e sei que jamais me arrependerei de agir assim, porque tenho plena convicção, de que todos nós, devemos ouvir e seguir a voz do coração.

Sem mais, só posso agradecer a Deus pelas alegrias e momentos vividos na solenidade onde ao tornar-me Membro Correspondente da AGL - Academia Guarulhense de Letras, de certa forma, retornei às minhas verdadeiras origens.

sábado, 13 de junho de 2015






GALERIA VIRTUAL


Pinturas digitais produzidas tendo como base fotografias convencionais diversas, com temas variados, tais como flores, animais, pessoas, paisagens e objetos reais.

Técnica utilizada para reprodução das fotos em Pintura Digital: Pincéis, tintas e telas virtuais e o resultado de cada obra pode ser impresso em papel fotográfico nos tamanhos A6 (10x15cm) , A5 (15x21cm) , A4 (21x29cm) e A3 (29,7x42cm) para uso em quadros com moldura ou painéis.


domingo, 17 de maio de 2015


Criação do Núcleo Guarulhos - SP / Brasil - 16 de Maio de 2015.


PAUTA DE TRABALHO nº 574



DECRETO nº 018 do MOVIMENTO UNIÃO CULTURAL

No uso de suas atribuições legais, a Supervisão Geral, visando a premente necessidade de proporcionar suporte às ações do Movimento União Cultural, DECRETA, nesta data, a CRIAÇÃO do NÚCLEO GUARULHOS - SP / BRASIL DO MOVIMENTO UNIÃO CULTURAL, dentro dos parâmetros da promoção da cultura, do cultivo da paz, da ação social, visando o evolver da humanidade, servindo para apoio logístico às vindouras ações do Movimento e administrativamente, junto à Supervisão Geral.
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--- § 1º - O Núcleo inicia suas atividades com os membros: Jane Rossi(Coordenadora Geral do Núcleo), José Araújo (Coordenador Adjunto do Núcleo) e Mora Alves (Secretária do Núcleo).
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--- § 2º - Todos aqueles membros do Movimento União Cultural com residência e/ou domicílio na cidade do Guarulhos, Estado de São Paulo, Brasil, que se manifestarem em prol da adesão ao Núcleo (não é obrigatório aos membros do Movimento à adesão aos Núcleos), até o dia 14 de junho de 2015, serão considerados membros fundadores do Núcleo, devendo a Coordenação local informar a listagem completa à Supervisão Geral.
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--- § 3º - A cada nova solicitação de adesão ao Núcleo, a Coordenação local deverá verificar se o mesmo já pertence ao Movimento União Cultural, e caso contrário, orientar o solicitante no procedimento padrão para tal finalidade.
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--- § 4º - O NÚCLEO GUARULHOS - SP / BRASIL DO MOVIMENTO UNIÃO CULTURAL inscreve-se como o Núcleo número 12 do Movimento União Cultural, sendo o PIONEIRO da região da Grande São Paulo, o 4º no Estado de São Paulo, o 7º na Região Sudeste do Brasil, e o 9º no Brasil e na América do Sul.


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Taubaté-SP – Brasil, 16 de maio de 2015.

quinta-feira, 14 de maio de 2015

CONVITE ESPECIAL


CAPA: MORA ALVES - ARTISTA PLÁSTICA



O QUE É O PROJETO SEMENTE DA PAZ?

Semente da Paz nasceu a partir de três pontos:

1º - Uma necessidade

2º - Uma ideia

3º - A urgência

1º - Uma necessidade: Não existe nada pior que tentar ensinar para quem não quer aprender.

Durante minhas aulas de leitura em 2008, tentei trabalhar com poesia, mas percebi que havia um desinteresse total. Precisava fazer algo, mas o quê?

2º - Uma ideia: Foi então, que em 2009 selecionei um texto chamado SENTIMENTOS e distribuí aos alunos. Com base nesse texto, pedi a eles que fizessem seus próprios poemas usando seus próprios sentimentos e que falasse da fé, do amor, da saudade, enfim, tudo que estivesse preso em suas almas. Assim nasceu a mudança.

Os alunos mudaram sua visão em relação à poesia e fizeram trabalhos magníficos (com os poemas dos alunos em mãos) prometi que iria buscar meios para que fossem publicados em um livro, sendo eles os autores. Assim nasceu o projeto Poetas da Escola em 2009 e que em 2011 teve sua segunda edição.

O sentimento transformador brotou e os alunos vibraram e se sentiram reconhecidos na noite de autógrafos. Esta ideia precisava  de uma continuidade e me engajei.

3 – Uma urgência: Diante dos conflitos na sala de aula e no mundo, tínhamos urgência em gritar pela paz, por uma educação baseada na paz.

Fiz uma união entre a leitura e escrita e a paz, nascendo Semente da Paz em 2012, um livro com mensagens e poemas de Paz escrito pelos Alunos. Foi sucesso, emoção e muita alegria!

Em 2013 percebi que o trabalho não poderia ficar apenas na escola em que trabalho, deveria ganhar o mundo. O Projeto Semente da Paz atravessou os portões da E. E. Odete Fernandes e foi semeado em outras unidades.

Nada se faz sozinho, quero agradecer a todas as Escolas e professores que trabalharam o projeto e aos alunos que participaram.

Em 2013 tivemos 4 escolas trabalhando o projeto e editando Semente da Paz, em 2014 mais 4 escolas, com lançamento e tarde de autógrafos na Bienal do livro São Paulo.

Enfim, chegamos a 2015 e com ele, mais um lançamento!
Contamos com sua presença!

Jane Rossi
Idealizadora, organizadora e realizadora.

SEMENTE DA PAZ NO FACEBOOK


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quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015


HARAS - UM AMOR ENTRE O PODER E A DECADÊNCIA

Cod:N1422205622414


Segundo volume da Série Haras

Autor(es) JOSÉ ARAÚJO


Sinopse 

 
Pode o amor sobreviver entre o poder e a decadência e superar até mesmo as barreiras da morte? Mel era filha única e herdeira do Haras Santa Gertrudes que, em seus dias de glória, era símbolo de poder e riqueza. Seus pais jamais admitiriam que ela se casasse com alguém que não fosse de seu nível social. Rica e tratada pelos pais como uma princesa, nunca soubera o que era não ter dinheiro e também, nunca se preocupara se um dia iria faltar. Alex era um homem pobre que sabia o que era passar dificuldades financeiras na vida. Um jovem determinado que passara a trabalhar em dois empregos para poder terminar sua faculdade e, quem sabe, conseguir um lugar melhor ao Sol. Um de seus empregos era no Haras da família Reis e, como o amor não escolhe sexo, preferência sexual, cor, credo ou condição social, não tardou para unir Mel e Alex numa ardente e avassaladora relação que acabou de forma dolorida para ambos. 

Um reencontro aconteceu anos depois e, em meio a uma inesperada inversão de status social, ao preconceito, imaturidade, mágoas e revolta, houve uma nova separação.

Seria definitiva?

Estaria tudo acabado de uma vez por todas? 

Ou o amor será capaz de superar todos os obstáculos entre o poder e a decadência?

 
Informações e descrição da obra
 

Categoria(s): Romance - Literatura Nacional
Idioma: Português  
Edição/Ano: Primeira Edição 2015  
Numero de paginas: 222  
Peso: 304
Tipo de Capa: Capa cartão
Acabamento: Brochura com orelha
Papel: Offset 75g
Formato: 14 x 21 cm
Miolo: Preto e branco


Lançamento oficial será na Bienal do Livro do Rio de Janeiro 2015.

Pré venda disponível na loja virtual da Perse:


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domingo, 1 de fevereiro de 2015



HAICAIS TUPINIQUINS

Cod:N1422730937858


Autor(es)

JOSÉ ARAÚJO
Quando ouvir alguém dizer que o Brasil é um país tupiniquim, não se irrite. Não se trata de um termo que possa desmerecer ou desrespeitar a nossa nação, muito pelo contrário, é nossa raiz. Nos primeiros dois séculos após a chegada de Cabral, o que se falava por estas bandas era o tupi mesmo. O idioma dos colonizadores só conseguiu se impor no litoral no século XVII e, no interior, no XVIII. Mas, não é só o Brasil, Oui, francês também fala tupi! Além de influenciar o português brasileiro, o tupi transbordou para outras línguas. Os índios bororos, do Mato Grosso, até hoje chamam anta de tapira e tesoura de piraia (piranha), palavras de origem tupi introduzidas pelos bandeirantes, mas a língua também chegou à Europa. Os franceses, que ocuparam o Rio de Janeiro, carregaram um monte de palavras nativas. Foram tantas, que um padre francês, Constantin Tastevin, elaborou no século XVI um dicionário dos tupinismos franceses. Enfim, sermos chamados de Tupiniquins deve ser encarado como um cumprimento, motivo para nos sentirmos honrados e por esta razão, como uma homenagem poética, dei a esta nova obra o título de “Haicais Tupiniquins”. Como poeta destas terras, apaixonado pelo Haicai (Haiku japonês) e, honrando nossas origens, sem desmerecer ou desrespeitar a tradição e cultura japonesa, deixo neste livro a você caro leitor, meus Haicais  Tupiniquins.



Infomações e descrição da obra

Categoria(s): Poesia
Idioma: Português
Edição/Ano: Primeira Edição/2015 
Numero de paginas: 88
Peso: 141

Tipo de Capa: Capa cartão
Acabamento: Brochura com orelha
Papel: Offset 75g
Formato: 14 x 21 cm
Miolo: Preto e branco 

domingo, 4 de janeiro de 2015



QUANTO VOCÊ ACHA QUE GANHA UM ESCRITOR NACIONAL?  RIOS DE DINHEIRO?

Se você pensa assim, vamos ver se continuará mantendo a mesma opinião após ler esta matéria.

Ok! Você ama escrever, tem talento, disciplina e até mesmo uma editora querendo publicar seu original, mas aí vem a pergunta que não quer calar:

Afinal, quanto eu vou ganhar com isso?

Bem, vamos ao assunto e os relatos e observações que se seguem são os casos mais comuns, a partir da minha experiência como autor independente, que já publicou em editoras convencionais e hoje, é optante pela autopublicação, mas na verdade, as editoras estão livres para outras negociações, cada uma age à sua maneira, não há um padrão obrigatório a ser seguido por todas, mas uma coisa é certa:

Quem ganha menos na publicação pelo método convencional é o “Pai da criança.”, ou seja, o escritor e se não tiver outra ocupação que possa garantir-lhe o sustento, não consegue sobreviver.

Vamos entender claramente quanto ganha um escritor com o uso do método convencional de publicação:

Critério:

Na maioria dos casos é percentual de direito autoral do escritor sobre sua obra, costuma ser entre 8% e 10% do preço de capa do exemplar vendido, mas o mais praticado no mercado editorial é 8%.

Entenda, se um livro esta à venda na livraria por R$30,00, se aplicarmos o percentual mínimo de 8% sobre este preço, teríamos R$2,40 (dois reais e quarenta centavos) de direito autoral para repasse ao autor quando da prestação de contas ou seja, para que um escritor pudesse ganhar razoavelmente exercendo unicamente esta profissão, teria que vender alguns milhares de livros por mês.

E sinceramente, sendo mesmo muito sincero, no Brasil os livros que vendem, são aqueles que chegam do exterior e principalmente, aqueles que aqui chegam com divulgação em massa pela mídia como sendo um Best Seller New York Times.

Portanto, ser escritor no Brasil, é ser um profissional das letras que faz o que faz por amor, por determinação de fazer aquilo que mais gosta na vida, não como uma fonte de renda para sobrevivência ou progresso financeiro.

Vendagem:

Cada livraria fecha de um jeito e em uma data.

As editoras sérias e idôneas, normalmente disponibilizam as planilhas de contabilidade para os autores uma vez a cada semestre, outras menos responsáveis quando cobradas das planilhas de vendas, que alegam aos autores que as livrarias só prestam contas anualmente, ou não prestaram ainda as contas do período anterior para ganhar tempo e fazem os acertos uma vez por ano e, é claro, como nada é um padrão no universo editorial nacional, há casos em que os autores não recebem prestação de contas e não raramente, acabam por não receber nem mesmo um centavo sobre seus irrisórios 8% de direito autoral sobre o preço de capa dos livros que foram vendidos.

Vale lembrar ainda, que quase sempre, nesta jogada está também o Distribuidor, aquele que se encarrega de distribuir os livros para as grandes livrarias e que muitas vezes é apontado como culpado pelas editoras, pelo atraso ou não prestação de contas.

Tempo de repasse:

Não é uma regra seguida por todas, mas na maioria das vezes, as editoras adiantam uma quantia a combinar para o autor, antes das vendas e vão descontando desta quantia os livros vendidos.

O autor só torna a receber quando e se ultrapassar aquela quantia já recebida em direitos autorais. Algumas editoras muito pequenas e sem fluxo de caixa para isso, pagam o autor nas suas datas de fechamento, normalmente de 3 em 3 meses, mas pode chegar até a 1 ano.

Tiragem:

As edições sempre tem uma quantidade de exemplares determinada e isto é sempre colocado muito claramente e muitas vezes,  consta até mesmo do seu contrato.

Você fica sabendo exatamente quantos exemplares rodaram em gráfica, quantos foram para imprensa, quantos foram para livraria, etc. Isto tudo é feito de forma muito transparente e às vezes o editor pede para você assinar junto com ele os exemplares de cortesia do editor (jornalistas, etc), contudo, o que você irá receber da tiragem impressa, só saberá quando a editora fizer os acertos do que foi vendido, antes, ficara apenas na expectativa e isto pode levar de seis meses a um ano para acontecer.

Autopublicação, distribuição e venda de livros:

Já se tornou clichê nos meios literários dizer que o trabalho do escritor não é fácil. Uma tarefa completamente solitária e que exige toda a força de vontade de alguém seguramente não é para qualquer um. Seria bonito dizer que a profissão de escritor exige um amor incomensurável pelas letras, pelas palavras, pela linguagem e pela atividade de contar histórias, mas a verdade é que a escritura de artigos, ensaios, poemas e romances é mais do que uma relação de amor com a escrita.

A ideia de se tornar um escritor implica num caso de obsessão com o ato de escrever. E ninguém que não seja obcecado por contar histórias ou estórias consegue se manter nesse trabalho por muito tempo.

O ofício do escritor é um balaio de problemáticas que precisam ser resolvidas uma a uma. Primeiro se tem uma ideia, aquela ideia que teima em não sair da cabeça e que vai se esparramando, criando tentáculos, até se tornar um universo ou o recorte de um universo quer funciona de acordo com os desígnios de seu criador, o escritor.

Mas brincar de Deus não é uma tarefa fácil.

A ideia deve ser trabalhada e retrabalhada, os parágrafos precisam ser trocados de lugar, as frases, cortadas e reescritas, até que o mundo criado pelo escritor faça sentido em si mesmo e comece a caminhar sozinho. Em entrevistas, quando perguntados sobre quando sabem que um projeto realmente chegará a algum lugar, quase todos os escritores dão a mesma resposta: eles passam a ter certeza de que uma ideia se transformará em um livro no momento em que seus personagens passam a ter vozes próprias, que fazem exigências e dão conselhos e quando a cópia do mundo, a mimese, criada pelo autor inicia o processo de funcionar sozinha, ditando suas próprias regras. Quando esse jogo começa, o escritor se vê num redemoinho criativo e o projeto do livro engata.

Mas essa não é a última fase.

Depois de tudo pronto, haverá a prova de fogo da literatura:

Convencer o departamento de avaliação de originais de alguma editora de que vale a pena publicar aquele livro.

Livros são como filhos para aqueles que os escreveram. E ver seu bebê rejeitado pelas editoras não é uma experiência fácil.

Na maior parte das vezes, as editoras rejeitam originais pelo simples fato de eles serem ruins: autores que vieram dos contos não conseguem escrever de acordo com a estrutura de um romance; autores sem experiência prévia enviam histórias coalhadas de erros básicos; autores acreditam que alguém realmente vai querer ler mais de quinhentas páginas de uma história que não é interessante ou, de alguma forma, profunda.

Outras vezes, o problema é que escritores novatos enviam seus manuscritos para as editoras erradas, cujos padrões de publicação não se coadunam com o tipo de história que o autor narra em seu livro.

Alguns originais não interessam porque não oferecem possibilidades comerciais e outros pecam por abusar dos clichês que estão na moda no momento.

A lista de motivos para que um escritor não tenha seu livro publicado não tem fim.

Mas os autores não se dão por vencidos e, com a internet e a popularização de leitores digitais, como o Kindle, o iPad e outros que permitem a leitura dos e-books em Pcs, Tablets e Smartfones a qualquer hora e em qualquer lugar, contam com uma nova arma, já conhecida há décadas no exterior,  para lutar na guerra do mercado editorial e fazer com que seus livros cheguem até os leitores e finalmente o “ Pai da criança” o escritor, possa receber de acordo ou seja, bem melhor do que no processo publicação em editoras convencionais, e esta arma, com uma extensa gama de recursos, é a autopublicação e não só autores os autores iniciantes estão aderindo a esta nova modalidade de publicação, grandes autores já fazem parte deste novo universo editorial paralelo, em fase de franca expansão e que certamente irá se popularizar a cada dia mais e mais entre os escritores devido aos resultados positivos.

Um exemplo do poder da autopublicação, foi o americano Hugh Howey que queria vender cinco mil exemplares de seus livros ao longo da vida. Ele se dedicaria à literatura por 10 anos até que começasse a contabilizar o resultado. A meta acabou se revelando modesta.

Nos dois primeiros anos, foram cerca de 4 mil exemplares. E então publicou Wool, o primeiro da série digital Silo. "Vendi mil cópias num mês, 3 mil no seguinte, 10 mil no terceiro mês", disse durante sua passagem pela Bienal do Livro de São Paulo.

Ele administra bem a expectativa.

"Faço isso dizendo a mim mesmo que amanhã nunca será como hoje. Mas publico há três anos, e só melhora", brinca o autor de ficção científica cuja estreia foi por uma editora pequena.

No entanto, ele logo percebeu que seria mais feliz cuidando das edições do começo ao fim.

Howey rasgou o contrato do segundo livro e partiu para a autopublicação, e credita o sucesso a dois fatores: o boca a boca e a produção intensa.

"Não tem propaganda melhor do que fazer o próximo livro, e o seguinte, e mais um. E com a autopublicação posso disponibilizar o livro uma semana após ter terminado o trabalho e não esperar um ano para sair por uma editora tradicional. Não quero que o leitor tenha de esperar."

Logo, os direitos foram vendidos para o cinema e os agentes literários apareceram, querendo negociar a sua obra, disponível em e-book na Amazon - ele publica pela KDP, plataforma da gigante americana e para impressão sob demanda.

A Intrínseca foi a primeira editora a comprar os direitos de Silo - hoje, o livro está em 32 países e contabiliza cerca de 2,5 milhões de exemplares vendidos em e-book e papel.

O exemplo de Howey não é o único e é cada dia mais comum ver autores independentes chamando a atenção das editoras. Alguns se rendem mediante um bom adiantamento. Outros fazem contratos híbridos: ficam com os direitos digitais e vendem os do livro físico.

Aqui, a moda também está começando a pegar. FML Pepper, dentista de Niterói, que também participou da Bienal, tem dois e-books pela KDP - Não Pare, Não Olhe (nessa segunda, o 17.º e-book mais vendido da Amazon), vai lançar Não Fuja e acaba de vender os direitos para a Valentina, que os lançará em papel em 2015. Sua história é curiosa: rejeitada por editoras, ela foi aprender nos EUA.

"Todos os casos de sucesso na autopublicação vinham de lá e queria me tornar um deles. Fui a conferências, estudei, corri atrás", conta. "Um bom sinal de que a autopublicação está funcionando é que entre os top 100 da Amazon sempre há alguns da KDP", comenta Alex Szapiro, diretor da empresa.

Além dela, há várias outras no Brasil com diferentes características, mas após ter testado várias concorrentes em âmbito nacional, eu, José Araújo, optei pela Perse-Publique-se e há 2 anos parei definitivamente de publicar meus livros através do processo convencional e rendi-me aos encantos e resultados positivos da autopublicação disponibilizando através deste método todos os meus títulos nas versões impressa e digital.  

Hoje eu ganho para escrever, para fazer o que mais amo na vida, não muito, mas ganho e antes, eu literalmente pagava para escrever.

Bem, começamos esta matéria questionando quanto ganha um escritor no Brasil, exemplificamos claramente o quanto um escritor pode ganhar publicando e vendendo seus livros pelo método convencional e, finalmente, chegamos à autopublicação, hoje uma grande realidade, que permite ao escritor publicar sem custos as suas obras e vende-las da forma que quiser, quando e onde quiser, com ou sem o uso de distribuidores, mas certamente, com ganhos reais por ter sido o responsável pela geração de seus “Filhos”, suas "Crias", o que normalmente não ocorre com a publicação pelo método convencional.

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Por José Araújo
Janeiro de 2015