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domingo, 11 de janeiro de 2009

O SEGREDO DO CRISTAL...



O céu estava azul e o sol brilhava em todo o seu esplendor matutino daquele dia, ha muito tempo atrás. Era sempre assim em todas as manhãs de primavera no continente da Atlântida. Lindas flores espalhadas pelos campos exalavam seu perfume, tendo como cenário de fundo, as quedas dágua que desciam as montanhas. Gotas dispersadas pelo ar próximo às cachoeiras, formavam uma neblina suave que servia como berço para um lindo arco-íris. Diadora passeava descalça pela grama molhada pelo orvalho da noite, numa das margens de um riacho, onde peixes multicoloridos nadavam de lá para cá, como se estivessem dançando, alegres, livres, sem a preocupação de serem pegos por ela. Suas vestes eram feitas de um tecido branco, leve e esvoaçante. Seus cabelos loiros soltos ao vento, brilhavam como fios de ouro à luz do sol. No meio de tanta beleza, ela entoava uma doce canção que era ouvida ao longe por seu amado Ashnan, que fazia parte da guarda do Templo dos Cristais. Enquanto ele cumpria seu dever, apreciava a paisagem magnífica em volta do lugar em que eram guardados a sete chaves, os segredos dos poderes dos cristais. Ele amou Diadora desde o primeiro dia em que a viu. Como era bom ouvir as músicas cantaroladas por ela e poder sentir o doce perfume das flores pela manhã. Contudo, aquele seria um dia muito especial.

Um dos membros do Conselho dos Doze viria falar ao povo sobre as profecias de que tanto se falava. Muitos não viam a hora de ouvi-lo, pois era conhecido, mesmo pelos mais jovens, que o dia em que a profecia iria se cumprir estava próximo. Mesmo isto tendo lhes sido ensinado pelos mais velhos, ninguém esperava que fosse tão próximo. Naquele lindo dia de primavera, o discurso que se ouviu surpreendeu a todos, sem exceção. Segundo as palavras do Sacerdote, toda a população do continente deveria deixar sua amada Atlântida nos próximos 10 anos, e até lá, todas as medidas que tivessem que ser tomadas para se prepararem para partir, poderiam ser elaboradas e executadas com calma, sem correria, para não correrem os riscos de tomarem medidas precipitadas e se arrependerem amargamente depois. O poderoso Conselho dos Doze estava totalmente dividido. Grande parte concordava em comunicar aos distritos pelos quais eram responsáveis a mensagem das profecias, contudo, não tinham certeza da eminência dos acontecimentos, ou da veracidade dos fatos.

Infelizmente, somente o Grande Comandante, sua Família e os mais conscientes do Norte e do Sul acreditavam piamente nas palavras do Sacerdote. Naquele período, a Atlântida já estava caindo em decadência de seu poder, de sua cultura e arquitetura. Não havia mais contatos diretos com a Grande Irmandade de Seres Iluminados, composta por extra-terrestes. Os anos se passaram e poucos se prepararam para abandonar sua nação. O supremo Sacerdote vendo a lentidão da população de Atlântida, resolveu ele mesmo ir a todos os distritos para tentar abrir as mentes dos atlantes, o que mesmo para ele com todos os poderes que tinha e que foram herdados dos seus ancestrais, seria uma tarefa árdua e cansativa. Um bom tempo depois que ele partiu para suas longas viagens pelo continente, não mais se ouviu falar dele. Parecia que de alguma forma, ele tinha desaparecido no ar. Ashnan se recorda hoje em seus sonhos, mesmo sem ter consciência disto, de cada detalhe daquela manhã há 700.000 anos atrás. No cais do maior porto de Atlântida uma infinidade de barcos, pequenos, médios e grandes, carregados de pessoas e suprimentos traziam um movimento intenso ao lugar.

Ashnan estava junto com outros jovens num pequeno barco movido à vela, trazendo provisões do Norte para os que eram do Sul e iriam partir. Eles seriam o primeiro grupo a abandonar a Atlântida, um lugar que antes havia sido ponto de encontro de nações de extraterrestres, vindos de todos os cantos do cosmos. Assim que seu barco entrou na grande baia, Ashnan vislumbrou as fortalezas de pedra, os castelos residenciais cercados por muralhas revestidas de ouro puro, construídas por seres gigantes e com tecnologia dos extraterrestres. Ele olhava triste para aquelas construções absolutamente fantásticas e sua mente trabalhava num ritmo desenfreado, tentando compreender como tudo aquilo havia sido construído. Era tudo tão fabuloso! As imensas coberturas eram cercadas por floreiras repletas de flores de todas as cores, perfumando o ambientes internos com seu aroma, que penetrava pelas enormes janelas abertas o tempo todo. A arte do povo de Atlântida era algo de espetacular. Magníficos mosaicos de enormes proporções podiam ser vistos nas paredes em todo lugar. A arquitetura era algo que causava fascinação a todos que a conheciam por causa dos edifícios verdadeiramente maciços e de proporções que no mínimo, poderiam ser chamadas de gigantescas.

Todas as casas eram edificadas, umas separadas das outras. Em espaços regulares e bem projetados. Sempre havia um pátio central e no meio dele, havia uma fonte que jorrava águas cristalinas e sonoras, dando ao ambiente muita paz. Grandes Templos com câmaras imensas abrigavam neste período de decadência daquela que já havia sido chamada de a cidade dos portões de ouro, o cerimonial das imagens, que ficava a sob responsabilidade e organização, a cargo dos grandes sacerdotes. Naquela época cultuava-se o Sol e o Fogo. Terraços imensos serviam como observatórios das atividades celestes e em cada um deles, havia um enorme disco feito de ouro maciço, que era chamado de Disco Solar. Ao lado barco de Ashnan, cruzou um outro menor carregado de suprimentos e comandado por um homem do Sul. Ele acenava alegremente dizendo num outro dialeto também compreendido pelos Atlantes, que estava chegando finalmente a hora da partida. Observando-o com muita atenção, Ashnan imaginou que com certeza, pelo sorriso estampado em seu rosto, aquele homem de pele avermelhada, iria com sua família neste grupo.

Seus cabelos pretos e olhos verdes, contrastando fortemente com a cor de sua pele, o diferenciavam do povo do Norte que variava da cor branca até a cor moreno-claro e em sua maioria, com olhos azuis. Por tudo que ele havia ouvido dos anciãos e grandes mestres de Atlântida, ele pensava em como sua nação havia mudado tanto. As crianças não eram mais sadias como antes. Nasciam cada vez mais fracas e menores. Grande parte da população atlante já era composta por mestiços. Muitos tinham tido filhos com mulheres estrangeiras que trouxeram para a Atlântida, vindas de todas as partes do mundo. Em seu coração, Ashnan sentia que gostaria de ter nascido há muito tempo atrás. Quando existia um reino animal muito especial em Atlântida, mas aquele realmente tinha sido um tempo diferente. Todos os animais sem exceção, conviviam em perfeita harmonia. Uma época em que não se comia uma vida para poder sustentar outra. Todos os animais eram alimentados pela energia do amor, da fé e do poder dos cristais, que por sua própria natureza, eram diferentes dos atuais. Se um novo animal surgisse na Atlântida e fosse carnívoro, lá ele não era mais.

Os próprios Atlantes quando se alimentavam, não era para alimentar a vida, pois havia em cada planta, cada flor ou fruto, uma fonte de uma vibração energética diferente. Ao ingeri-los as pessoas eram energizadas naturalmente e tinham sua própria energia equilibrada. Ashnan teria feito cursos de transmutação alquímica que eram freqüentados outrora por todas as crianças, desde a mais tenra idade. Teria participado dos cursos de desenvolvimento das faculdades psíquicas e aprenderia a usar sua energia mental, associada aos poderes inigualáveis dos mais puros cristais. De qualquer forma, mesmo em seu tempo, ele havia aprendido tantas coisas boas, como a mutação genética das plantas. O cruzamento de ervas especiais com o trigo, cujo resultado eram aveia e outros cereais com poderes energéticos fantásticos. Ashnan conheceu tantos animais estranhos em suas viagens de preparação para a partida, que ele jamais imaginou que pudessem existir. O tempo naquela época não era diferente do de hoje e passava rápido demais. Chegava a hora da partida para aqueles que acreditaram no Sacerdote e se colocaram a serviço do Supremo Comandante para ajudar nos preparativos para a grande fuga.

Ao cair da noite, sob um céu estrelado e com a Lua cheia clareando a todos, ao redor de uma fogueira, os grandes sábios comentavam suas as visões sobre do futuro para aquela terra imensa onde viviam. Um deles disse que havia tido uma visão especial. Nela, ele pode ver claramente uma jovem alta, morena e de cabelos pretos e lisos, com um vestido branco, usando também um manto verde e nele, estava bordado o símbolo dourado do sol. Ela olhava para ele sorrindo e apontando para o Norte. Ao redor da jovem, ele viu animais de várias espécies, inclusive alguns que ele nunca tinha visto. Eles estavam calmamente acomodados ao lado dela, como se a esperassem para continuar a caminhada. Ao ouvirem a narrativa do sábio, todos concordaram que o tempo das grandes mudanças estava mais próximo do que imaginavam, já que a descrição dele sobre a jovem, trazia aos anciãos que lá estavam, a lembrança dos tempos de convívio com os Mestres da Irmandade Estelar que eram todos muito jovens e tinham o poder de falar com os animais. Foi assim que o primeiro grupo tomou a decisão de seguir para o Norte. Meses depois, o segundo grupo partiu para um local desconhecido.

Aos poucos, grupos de familiares abandonavam a as terras da Atlântida, espalhando-se por todos os cantos do mundo, e todos eles, passavam inevitavelmente por muitas dificuldades e obstáculos em seu caminho. Fato este, que tornava impossível uma saída rápida de lá. Dentre os vários problemas, estava a confusão gerada e instalada por aqueles que se recusavam a ir embora. Isto, porque não acreditavam nas visões dos sábios, ou porque o que realmente eles queriam, era tomar posse das terras abandonadas e das imensas riquezas materiais, que iriam ser deixadas para trás. A grande população de Atlântida estava dividida. À medida em que se aproximava a tão falada data das transformações, muito ódio e rancor surgiram de todos os lados entre os vários grupos de diferentes opiniões que surgiram no país. O medo pairava no ar. A sensação de catástrofe inevitável e iminente se fazia presente em todos os corações. Era para todos como se algo muito ruim fosse acontecer. Mesmo os mais cépticos, que apesar das evidências se negavam a admitir, esta sensação não os deixava em paz. O Grande Comandante havia visitado todas as cidades e povoados, assim como aldeias infinitamente distantes.

Nestas últimas, mais perto da vida selvagem, até os animais já haviam abandonado as florestas. A insegurança e o misterioso sentimento de que uma desgraça estava para chegar que assolava os corações dos humanos, já havia chegado nos reinos animal e vegetal. No último ano, uma praga incontrolável tinha atingido as plantações e destruído grandes colheitas. Áreas antes férteis tornaram-se pântanos e gases que exalavam um mau cheiro insuportável saia por debaixo de pedras em todos os cantos. As abelhas foram as primeiras a desaparecer. Muitos outros também sumiram como que por encanto e não era possível vê-los em lugar algum. Nos velhos caminhos que conduziam à Grande Pirâmide onde ficava o Templo da Cura, fendas enormes impediam o acesso até lá. O tempo ia passando e muitos outros sinais de alerta eram dados pela natureza. A agitação dos elementais era agora uma constante. Terremotos, invasões de água aconteciam em vários lugares. Os animais e pássaros da região que ainda permaneciam lá, tinham comportamentos estranhos. Muitos invadiam as cidades, vilas e vilarejos para fazerem seus ninhos em lugares fora do comum.

Era chegada a hora de sair o ultimo barco dos que resolveram abandonar a Atlântida em busca da sobrevivência. Aqueles que haviam resolvido ficar estavam um pouco assustados, mas estavam adorando a idéia de tomar o poder tão logo O Grande Comandante partisse para sempre. Eles não viam a hora de poder se apropriar de toda tecnologia, que em suas mentes iria lhes conferir força e poder insuperável. Não era segredo que na grande pirâmide que havia sido usada pelos antigos quando havia intercâmbio com os extraterrestres, estavam guardadas poderosas armas e maquinas voadoras que foram desenvolvidas com a mais alta tecnologia, utilizando a técnica de associação do poder dos cristais de quartzo, com o poder psíquico dos atlantes. Tal tecnologia e poder, depois que os Extraterrestres se foram da Terra, ficou sob a guarda dos grandes Comandantes, que geração após geração, cuidavam de manter a segurança daqueles objetos de guerra e de transporte, como cuidavam de suas próprias vidas. Eles sabiam que se caíssem em mãos erradas, poderia ser o fim do planeta Terra. Para Ashnan era chegada a hora de embarcar. O ultimo barco iria partir. A vida no continente seguia seu rumo. A natureza através de terríveis tempestades, vendavais e erupções vulcânicas que se seguiam, confirmavam o que havia sido dito pelos sábios e sacerdotes. Era a realidade nua e crua, se mostrando sem dó nem perdão.

Os Atlantes, vegetarianos por natureza, comendo apenas frutas, grãos, legumes e verduras em geral, não contavam com um grande estoque de alimentos. Quase tudo foi perdido na última colheita, por causa de pragas e das forças naturais que assolavam o país. Ainda assim, uma quantidade enorme de cidadãos resolveu não partir. Finalmente o barco em que estava Ashnan e sua família partiu. Seu destino, o desconhecido. Sabia-se através daqueles que tinham o poder da visão, que seguir na direção sul, seria muito perigoso. Tremores eram sentidos, fracos ainda, mas constantes, acompanhados de ondas imensas que ameaçavam as embarcações e as vidas de seus tripulantes. Mesmo assim eles partiram naquela direção. Muitos dias se foram e através de comentários dos tripulantes de barcos mais velozes que o deles, soube-se do afundamento das terras do leste da Atlântida que a ligavam ao continente europeu.

Em seus pensamentos, Ashnan visualizava a civilização que ele mal pode conhecer e que estava ficando cada vez mais longe, e logo iria desaparecer para sempre. Extremamente cansado e com fome, ele foi enfraquecendo aos poucos. Se ele fosse um de seus ancestrais, teria se alimentado da luz do sol. Teria absorvido energia suficiente para poder se desmaterializar ali e reaparecer onde quisesse. Mas ele não era. Ashnan era apenas um dos filhos da Atlântida em decadência que ele conheceu. Ele tinha em sua mente os mesmos poderes que seus ancestrais, mas para usa-los, ele precisava ter estudado na escola da Grande Pirâmide, onde teria aprendido a controlar e liberar os outros 90% de sua capacidade mental, e associa-la aos poderes dos cristais de quartzo, podendo assim, fazer o que quisesse, quando fosse necessário. Nem ele, nem os outros ocupantes do barco, no meio daquele oceano sem fim, tinham a menor esperança de chegar a algum lugar sãos e salvos. Ele estava com febre e em seu delírio, ele perguntava onde estava Diadora, a jovem que cantava aquelas lindas canções tendo como cenário a natureza esplendorosa de sua amada Atlântida. Ele falava também do Templo dos Cristais.

Sua preocupação era de que aqueles que tinham ficado pudessem ter tomado para si o poder e ter colocado as mãos no grande legado de seus ancestrais que antes dos ultimos acontecimentos, ele ajudava a guardar. Um legado do qual, desde pequeno, Ashnan havia ouvido falar. Eram imensas máquinas voadoras em forma de discos, armas portáteis que eram capazes de levantar, mover, cortar, esculpir e até mesmo derreter blocos de pedra gigantescos. Lá havia também um tesouro incalculável composto por obras de arte e cultura, além de relatos minuciosos sobre a fundação de Atlântida com o auxilio dos extraterrestres. Ashnan se recuperava por breves períodos de tempo mas depois recaia. Enquanto estava lúcido, ele ouvia daqueles que ainda tinham o poder extraordinário da videncia, que a catástrofe agora já assolava a grande cidade de Atlântida e que as terras do leste e do oeste, já haviam desaparecido no fundo do mar. Mais um dia se passou e um dos anciões informou que a natureza agora estava usando de todas as suas forças para aniquilar a capital. Ashnan, fraco e com febre, mais uma vez perdeu os sentidos.

Quando ele acordou, lhe contaram que havia chegado o momento final de seu país. Uma catástrofe de proporções nunca vista atingiu a Atlântida por um dia e uma noite e ela finalmente desapareceu no fundo do mar. Lhe contaram também, que um dos anciões que tinha o poder de ver o presente em locais dos mais distantes, disse que quando chegou a hora derradeira, uma frota de naves interestelares desceu à terra para resgatar aqueles que ainda eram puros de alma e coração e que não tinham conseguido partir por algum motivo. Que o grande Sacerdote foi resgatado pela nave mãe que desceu envolta por uma luz tão intensa, que impedia aos olhos de reconhecer suas formas. E como uma bola imensa de luz, tão rápido como ela desceu, ela partiu. O coração de Ashnan doía por causa de Diadora que sendo filha do Grande Sacerdote, tinha ficado ao lado dele, até os momentos finais. Com muito esforço, ele perguntou a um dos anciões, se ele sabia do que havia acontecido com ela, e ele lhe disse, que no ultimo instante, ela não conseguiu alcançar a mão de seu pai que a chamava para ir com ele, ficando para trás. Disse ainda, que apavorada, ela correu para dentro do Templo dos Cristais e depois disto, ele não sabia mais dizer o que aconteceu. Triste e abatido, ele carregava no peito a dor da perda definitiva, do seu grande amor.

Os dias se passaram e em uma certa manhã, eles acordaram com a mais bela visão. Bem à sua frente, havia terra firme e saindo dela, um enorme rio que desaguava no mar. Os tripulantes lançaram ancoras e se puseram a explorar o lugar. Ficaram tão encantados, que resolveram seguir rio acima. Ele era tão largo, que quando se estava navegando nele, em certos pontos, não era possível enxergar a outra margem. Ashnan depois de alimentado com as frutas naturais da região, bebendo água de coco que ele até então não conhecia, foi melhorando gradativamente, até que recuperou sua saúde e pode admirar com sentimento a maravilha daquele lugar que por algum motivo, ele resolveu chamar de Amazônia. A vida seguiu seu rumo e os sobreviventes de Atlântida que se dispersaram por varias regiões do mundo, foram gradativamente auxiliados pelos extraterrestes, a construir novas nações. Em cada uma delas, sempre era construída uma réplica de alguma grande obra arquitetônica de sua amada Atlântida, que se foi para não voltar.

Hoje ficamos abismados com as pirâmides do Egito, com as maravilhosas edificações feitas pelos Incas e pelos Maias, com a cidade perdida de Machu-Pichu e pensamos como era possível de serem feitas com tamanha precisão há tanto tempo atrás. A resposta para esta pergunta afundou com a Atlântida de Ashnan. O continente perdido que um dia foi berço de tamanha tecnologia, que possibilitava até mesmo intercâmbio com os povos oriundos de outros planetas, vindos de galáxias das mais distantes, e que desapareceu sob as águas do oceano, deixando como registros, apenas as lendas contadas pelos viajantes. Ashnan viveu nela e quando chegou a hora, ele partiu sem destino certo, assim como tantos outros, que auxiliados pelos extraterrestres, construíram em outras terras, as Pirâmides do Egito, a grande esfinge e todas as outras maravilhas arquitetônicas, que até hoje podem ser vistas em muitos lugares do planeta. Os sobreviventes da Atlântida deixaram para nós nestes lugares, registrados em forma de arquitetura, a prova de sua existência e também de seu contato com os seres vindos do céu.

São Paulo, janeiro de 2009. A mãe de Heitor tinha ganhado de presente um cristal que segundo a pessoa que lhe presenteou, tinha poderes especiais. A família dele sempre teve seu lado esotérico e adoravam colecionar esculturas que representavam deuses Incas e Maias. Haviam visitado Machu Pichu onde se sentiram como se estivessem em casa. Era algo que não tinha explicação lógica para ninguém. Eles apenas gostavam e se interessavam em saber tudo que podiam sobre as origens de lugares como aquele. Uns tempos depois, uma amiga viu o cristal em sua casa e lhe disse que tinha certeza de que aquele era o mesmo que havia sido dela e do qual ela se livrou, doando a alguém porque ele tinha uma estranha energia, que a fazia sentir-se mal. Disse também, que soube que a pedra passava de mão em mão, sem nunca ficar definitivamente com a pessoa que a possuísse, pelo mesmo motivo. Certo dia, a mãe de Heitor estava na cozinha e num determinado momento, começou a sentir-se mal. O cristal que ela havia ganhado estava em cima da mesa da cozinha. Ela tinha resolvido lavá-lo para que sua pureza ficasse mais aparente e quanto ela lavava os pratos, sem que ela visse, ele começou a emitir uma estranha luz. Mesmo estando incomodada com o que estava sentindo e lembrando das coisas que sua amiga havia lhe dito sobre o cristal, ela continuou seu trabalho.

De repente, ela ouviu uma voz feminina que parecia estar vindo de longe. Ela suplicava por ajuda. Precisava ser libertada de alguma coisa que a prendia. A suplica era tão veemente, que ela passou a se sentir mais incomodada ainda. Quando ela virou-se para o lugar onde estava o cristal, ela quase desmaiou. Dentro dele, estava uma linda jovem. Suas vestes eram feitas de um tecido branco, leve e esvoaçante. Seus cabelos loiros e soltos brilhavam como fios de ouro quando expostos à luz do sol. A jovem pediu a ela que não se assustasse. Que não tivesse medo. Disse entre lágrimas, que estava dentro daquele cristal, desde que seu país foi engolido pelas águas do mar. Sem compreender o porque, apesar de pensar que estava ficando louca, a mãe de Heitor lhe perguntou quase gaguejando, como foi que ela tinha ido parar dentro daquele cristal. A moça lhe disse, que quando uma grande catástrofe atingiu seu país, ela não conseguindo acompanhar seu pai na fuga, tinha entrado no Templo dos Cristais para se proteger, e de repente, foi absorvida pela pedra, ficando presa nela por uma eternidade. A mãe do rapaz já havia lido a respeito do continente perdido de Atlântida e compreendeu imediatamente o que havia ocorrido.

Ela sabia que os Atlantes se transportavam de um lugar para o outro utilizando as câmaras de cristal, onde com seus poderes psíquicos associados aos poderes dos cristais de quartzo, desmaterializavam-se num lugar e materializavam-se em outro. Ela tinha certeza de que no momento da grande e ultima catástrofe que se abateu sobre a Atlântida, a jovem acabou sendo absorvida em forma de energia pela pedra, que a encerrou lá para sempre. Ainda chorando, a jovem disse que seu nome era Diadora e que somente um descendente real dos Atlantes, poderia ter forças psíquicas o suficiente para liberta-la de sua prisão. Naquele instante, Heitor entrou na cozinha e se deparou com a cena, que o deixou boquiaberto. Diadora reconheceu em Heitor seu amado Ashnan e enquanto ele procurava se recuperar da surpresa, ela lhe dizia com o coração repleto de alegria, que ele havia sido o grande amor de sua vida na Atlântida, e que bem lá no fundo de sua alma, se ele realmente quisesse, poderia relembrar os tempos em que ela cantarolava lindas canções para alegrar seu coração. A mãe de Heitor sempre acreditou em coisas paranormais, e para ela, naquele exato momento, estava acontecendo ali, bem na cozinha de sua casa, um reencontro de um grande amor do passado.

Heitor ouviu calado tudo que a jovem lhe disse e em certo momento, ele fechou os olhos. Foi como se ele estivesse entrando em um transe profundo. Imagens começaram a surgir em sua mente. Ele as via detalhe por detalhe. Era como se estivesse vivendo naquela paisagem espetacular. Heitor viu e ouviu a mesma jovem que estava agora dentro do cristal, cantando uma linda canção. Ele sentiu bem dentro de si uma força imensa que parecia com o que acontece quando um vulcão vai entrar em erupção. Sua mãe que estava ao seu lado viu quando a aura em torno do corpo de Heitor começou a se tornar visível. Ela foi aumentando de intensidade, até que sua luz envolveu completamente o ambiente onde estavam. Diadora dentro do cristal, de braços abertos e olhos fechados, parecia absorver aquela energia mágica e cheia de luz. Num estalo, o cristal de partiu. De dentro dele, saiu um raio de luz que se posicionou bem em frente a Heitor. Aquela linda jovem, sua amada Diadora, com suas vestes que eram feitas de um tecido branco, leve e esvoaçante. Com seus cabelos loiros soltos brilhando como fios de ouro quando expostas à luz do sol, materializou-se na frente dele. Enquanto ela o observava, a aura de Heitor foi diminuindo seu brilho, até não mais ser vista e quando ele abriu os olhos, seus olhares se encontraram e seus lábios em silencio, lentamente foram se aproximando.

Um beijo longo, saudoso e apaixonado aconteceu. A emoção havia tomado o peito da mãe de Heitor e as lágrimas rolavam livremente em sua face. Ela antes tinha dúvidas, mas agora não mais. Ela e todos os seus, eram atlantes. Em outras vidas eles conheceram a exuberância e a magia daquele continente único que um dia foi um lugar de muita paz, de muito amor. Onde o ódio, a inveja, o rancor e maldade não existiram por séculos a fio, mas uma grande parte dos Atlantes, se deixou contaminar por sentimentos negativos. Eles começaram a adotar a inversão como regra de vida. Passaram a achar que tudo que era ruim, era o melhor para eles. As conseqüências foram trágicas para eles e para os outros que não pensavam assim. Nem mesmo a terra conseguiu suportar o peso de tantos sentimentos ruins, e afundou no mar, carregando com ela, todos aqueles que traziam em suas mentes os pensamentos ruins e também aqueles que sem culpa, pagaram pelos erros dos outros.

Felizmente, a mãe de Heitor pensou.

Muitos de nós conseguimos de alguma forma fugir antes que fossemos engolidos pelo mar e cá estamos, espalhados pelo mundo, e ainda hoje, somos prova viva de que fomos um dia, uma grande nação. Um povo que chegou ao mais alto patamar de desenvolvimento tecnológico e psíquico. Uma gente que tinha como aliados os homens que vinham do céu. Heitor abraçado a Diadora, agora sabia que seu verdadeiro nome era Ashnan. Daquele dia em diante, eles nunca mais se separaram. Ele mostrou a Diadora o novo mundo em que ela ia viver. Ela registrava em sua mente, cada detalhe do que ele descrevia e mostrava a ela. Tendo vivido as conseqüências da decadência de Atlântida, Diadora não demorou muito para compreender, que a sociedade à qual ela estava sendo apresentada, estava a caminho de um fim parecido com o que eliminou da face da Terra a sua casa, o seu lar. Os meios de comunicação só noticiavam guerras e desgraças ao redor do mundo. Terremotos varriam cidades do mapa. Furacões açoitavam e destruíam tudo que encontravam em seu caminho. Ela viu horrorizada na TV, uma reportagem sobre um Tsunami que a fez lembrar-se da maneira como a Atlântida pereceu. Não se ouvia nenhuma noticia boa.

O grande sucesso do momento eram as desgraças. As tragédias. As pessoas deste novo mundo não eram sensíveis. A avareza, a inveja, o ódio e o rancor reinavam nos corações dos mais fracos. O amor entre maioria das pessoas dependia de suas posses. De seus tesouros materiais. Perplexa com as mudanças que houve na humanidade, ela decidiu que os dois iriam unir forças para reencontrar seu povo há tanto tempo disperso pelo mundo, e tentar a todo custo, juntá-los para que pudessem num grande mutirão, fazer com que a humanidade compreendesse que a cada dia, ela dava um passo a mais para a destruição não só de seus países, mas do planeta também. E assim foi. Diadora e Ashnan hoje peregrinam pelo mundo desde seu reencontro, se uniram a ONGS que lutam pela salvação da natureza, do meio ambiente, dos animais e do planeta que um dia abrigou a civilização mais avançada que houve, e que pelos mesmos motivos atuais, desapareceu sem deixar rastros.

Um dia, muitos antes do reencontro com Diadora, Ashnan leu escrito em algum lugar, algo que chamou muito a sua atenção, e que dizia:


Se você sente que tem um interesse fora do comum por conhecer mais sobre a Atlântida, então você já esteve lá.

Se você sente dentro de si, uma grande responsabilidade pela humanidade, sua alma pode estar sentindo que tem algum débito não pago no tempo em que viveu na Atlântida e que precisa ser pago.

Se você se sente inseguro e confuso sobre o rumo de sua vida, então você viveu na Atlântida no tempo em que muitas almas inocentes foram subjugadas.

Se de algum modo, você se sente ligado ou ao menos interessado em extraterrestres e viagens intergalácticas, você é um Atlante."


Agora, ao lado de sua amada Diadora, ele compreende o significado daquelas palavras que tanto o tocaram.

Ashnan e Diadora reencontraram-se por uma obra do destino. Ele conseguiu fugir a tempo de não afundar com seu país e chegou a outras terras a duras penas, onde deu continuidade à vida e à nação Atlante. Mesmo com outros nomes, seus povos deixaram marcas visíveis de seus contatos com os extraterrestres em vários pontos da Terra. Ela passou séculos presa no cristal que a absorveu no momento final da Atlântida, tendo ao longo dos séculos passado por uma quantidade infinita de mãos, sem parar em lugar algum. O cristal tornou-se para muitos, uma pedra misteriosa, que carregava dentro de si um grande segredo, até que um dia, finalmente ele veio parar na casa de Heitor, quando até que enfim Diadora reencontrou o seu Ashnan. Ele vivia agora em outro corpo, com outra forma, com outro nome, mas em essência, um verdadeiro atlante, e o mais importante, o seu grande amor.


Autor: José Araújo

Fotografia: Cristal de Quartzo - Fotógrafo: José Araújo

15 comentários:

Deinha disse...

Mais uma vez através de suas palavras vc conseguiu me cativar.
Este conto é muito belo, com uma linguagem digamos que sensivel que com certeza irá tocar muitas pessoas.
Mais uma vez lhe parabenizo por ter esse "dom" das palavras!

Beijos

Deinha

Isaulina disse...

José Araujo:
Muito linda a hitória do Cristal, confesso para você que eu viajei lendo a história!
E como Ashnan eu também gostaria de ter nascido naquele tempo que os animais eram alimentado com a energia do amor, da fé e do poder dos Cristais!
Do jeito que eu amo a natureza, os animais e as plantinhas, iria me senti no paraiso rsrs
José Araujo mais uma vez eu te parabenizo pelo belo trabalho que para mim é de grande valor!
Obrigada por ser meu amigo, para mim você é um genio parabéns!!
beijão neste coração ♥ de ouro!
E continue sendo maravilhoso como você sempre foi!

mdb disse...

José fico pensando que mente você tem para escrever uma estória com tanto detalhes, que parece que estava na Atlântica o continente perdido. Muito interessante e cativante. capitei a sua mensagem que sempre foi e é importante para mim.
Para onde estamos caminhando? Para o fim de tudo, pois já tudo está virando cotidiano par4a nós humanos. Nada é mais novidade. Só sentem o que está acontecendo a sua volta aqueles que ainda possuem na alma a sensibilidade de enxergar pelo coração. Porque se usar a razão, nunca notará o rumo que estão tomando tudo nesse mundo. A palavra sentimento é supérfluo. pois tudo é programado para durar pouco. Como eu ouço dos jovens namorados: se não der certo a gente separa. Em que base um relacionamento desse vai dar certo? E os filhos como devem ser criados com pensamento negativo dos pais antes da união.
No amor que é o mais sublime sentimento já está acontecendo isso, que dirá no amor ao próximo. As guerras estão aí cada dia piora mais. a falta de honestidade é uma doeça que alastra cada vez mais
A ganância pelo poder é tão grande que quantos já morreram para deixar caminho livre para o outro.
Na própria estória quantos preferiram arriscar a vida, caso não acontecesse a profecia ficariam com a riqueza e acabaram no fundo do mar.
O mundo está perdido em todos os aspectos.
Eu só peço a Deus misericórdia, somente Ele tem o poder de consertar o que o homem está destruindo.
José você é demais mesmo meu querido amigo. Amei muito seu texto.
Fica na paz, beijos da amida de sempre.
Marilene Dias

Unknown disse...

Nossa, José, parece que acabei de acordar de um sonho maravilhoso onde viajei nas asas da imaginação através de suas poéticas palavras. Que criatividade, meu amigo! Só vc mesmo, com sua sensibilidade, consegue nos levar a refletir sobre os caminhos que a humanidade está tomando, onde o amor já não é valorizado. O que vale é o ter e não o ser. Precisamos acordar desse torpor em que nos encontramos e, pra isso, são necessários seres humanos como vc, que tentam, de todas as formas possíveis, fazer desse um mundo melhor pra se viver.
Parabéns, querido amigo e escritor, que Deus continue lhe concedendo muita luz para iluminar nossos corações.

Beijos ternos em seu coração.

Anônimo disse...

Meu Deus!
Este conto dá um filme!
Que estoria mais linda e profunda você escreveu José!
Ashan e Diadora viveram um amor que atravessou as barreiras do tempo e mesmo separados por vidas diferentes, em épocas diferentes, eles se reencontraram e puderam finalmente ser felizes e ainda trabalhar juntos em prol de um mundo melhor!
Perfeito como sempre!
Abração!

Anônimo disse...

Querido José, mais uma vez eu literalmente viajei em um texto seu!
Que capacidade você tem de nos fazer sentir como se estivessemos vendo as situações vividas por seus personagens!
Este conto tem algo de muito especial, pois ele aborda tambem a questão da espiritualidade de uma forma romantica e sutíl.
Heitor (Ashnan) reencarnou inumeras vezes até quem finalmente reencontrasse sua amada Diadora.
Ele em sonhos se lembrava, mesmo incconciente disto, de todos os detalhes de sua vida na Atlantida.
Foi preciso que o cristal onde Diadora estava presa chegasse até ele depois de ter sido praticamente jogado de mão em mão, para que despertasse dentro dele o Atlante adormecido e mais, mesmo sem ter cursado a escola da grande piramide, aquele poder de seus ancestrais de forma emocionante e milagrosa leibertou-se de seu sub conciente para tira-la de sua prisão!
Amei a estoria, o jeito como voce a contou com tantos detalhes que me deixaram simplesmente atônito com tanta perfeição!
Só me resta Grande Mestre, reverenciar seu talentoa, sua sensibilidade e este dom que você tem te despertar emoções positivas em nossos corações!
Seu leitor e admirador de sempre,

Anônimo disse...

Meu lindo, desta vez você foi longe demais! Como é que você pode?
Atlantida, um assunto abordado de tantas maneiras diferentes, mas que disperta a atenção de tantos e que você usou para criar este conto tão lindo, com tanto sentimento!
Amo você querido, não só por você, mas principalmente, pelo seu lindo coração!
Tua amiguinha de sempre, que te adora do fundo do coração e que deseja a você todo o sucesso deste mundo!

Beijocas querido!

Anônimo disse...

É absolutamente intrigante como você usa este dom que Deus lhe deu para criar seus contos sempre de maneira tão perfeita, tão fáceis de serem assimilados pelo seus leitores como eu.
Fico imaginando você sentado em frente ao seu computador na hora da criação...
Acho que a luz que você tem dentro de você é que lhe possibilita escrever suas estorias deste jeito que é só seu e que eu simplesmente amor ler!
Parabéns mais uma vez, mesmo caindo na mesmisse, eu lhe digo, você é demais!

Anônimo disse...

Querido José Araújo, estivemos viajando e hoje finalmente pude vir ler seu ultimo conto e posso afirmar que é um dos seus melhores!
Este em especial, quero levar para o pessoal da fazenda pois sei que vão adorar a sua referencia indireta ao Rio Amazonas, à região amazônica e à presença dos atlantes lá em tempos remotos.
Dentre os mais velhos de lá, há um que conta seus "causos" como ele diz e não é raro ele mencionar a presença de seres vindos do céu quye deixaram suas marcas naquela região. Machu-Pichu por incrivel que pareça tambem esta em seus "causos" e ele fala tambem do povo que a construiu com a ajuda dos viajantes vindos do espaço. Sei que vão amar como sempre, assim como eu, o Oswaldo, nossos filhos e nossos netos amam ler tudo aquilo que você cria com o poder de seu coração!
Parabens meu autor e escritor tão querido, de sua fã, leitora e amiga,
Gloria Meirelles

Anônimo disse...

Simplesmente fantástico!
Meus sinceros parabéns!
Sucesso!

Anônimo disse...

Você é mesmo um gênio literário!
Desde o inicio da leitura de seu conto, estive presa à cadeira em frente ao computador. Mesmo estando tão atarefada e cheia de coisas para fazer, eu não tive coragem de abandonar a leitura e lhe digo de coração que não me arrependi!
Vibrei com o reencontro de Ashnan com Diadora e durante a leitura, me trasnportei no tempo e no espaço, fui mentalmente transportada à Atlantida, um assunto que sempre me fascinou, do qual eu já li muitos livros e posso dizer que sua descrição dos acontecimentos batem com muitas das narrativas que pude ler sobre o lugar e os acontecimentos.
Somente um grande escritor como você teria a sensibilidade de criar um enredo que incluisse a pasasgem deles no Brasil de uma forma tão indireta, mas que me fez pensar muito em coisas, em inscrições que pude ver em minhas viagens de turismo em nosso país.
Demais, simplesmente demais!

Anônimo disse...

Que mais a gente poderia esperar de você?
Maravilhoso!
Adoro assuntos como o do continente perdido da Atlantida!
Lí sem parar nem um segundo!
Amei de paixão!
Beijos!

Bruno E. disse...

oi pai nossa essa estória foi umas das melhores, eu achei muito legal sobre os poderes dos cristais e dos E.T beijos

Massahiro disse...

Muito bom conto. Longo tempo que eu não comento aqui também. xD
O inicio e a essencia me lembrou a Gnosis Hiperbórea.
Gostei principalmente do caminho que o conto toma para o climax de romance, porém sem deixar de ter um importante pensamento sobre a consciencia de nosso mundo atual.

Anônimo disse...

É sempre um prazer imenso poder ler seus contos sempre cheios de mensagens boas e que nos fazem refletir.
O Segredo do Cristal na mina humilde opinião é um dos melhores que você já escreveu, só perde para Cisne Branco pelo qual eu me apaixonei.
Há em você algo de divino na forma com que você cria suas histórias, pois elas sempre envolvem o leitor do começo ao fim.
Seu dom é uma coisa que só Deus mesmo para conceder a alguem e ele soube escolher quando lhe deu o dom de escrever.
Parabéns por todo o seu excelente trabalho que sempre me fez muito bem.
Beijos de sua fã e leitora de sempre,